terça-feira, 10 de junho de 2014

Sistema nervoso autônomo

- Sistema responsável pelo controle das funções viscerais como pressão arterial, motilidade do trato gastrointestinal, vesical e sudorese.
- Organização do sistema nervoso autônomo: este sistema é regulado por centros medulares, pelos núcleos do tronco encefálico como também pelo hipotálamo.
- Anatomicamente fazemos a distinção de três sistemas que compõe o sistema nervoso autônomo: Simpático, Parassimpático e Entérico.

Sistema Nervoso Autônomo Simpático

- Conta com uma cadeia de gânglios simpáticos paravertebrais situadas bilateralmente ao lado da coluna vertebral torácica e lombar.
- Os neurônos pré-ganglionares, isto é, aqueles que interligam a medula espinhal com o gânglio nervoso, é curto, eferindo do corno lateral do H medular. As fibras pós-ganglionares, aquelas que partem dos gânglios, são longas atingindo os órgãos alvo do sistema nervoso autônomo simpático.
- As fibras pré-ganglionares simpáticas fazem sinapses num gânglio nervoso liberando acetilcolina (ACh), atuando sobre receptores nicotínicos. Já as fibras pós-ganglionares simpáticas fazem sinapses com os órgãos alvo com liberação de noradrenalina e ou adrenalina, atuando sobre receptores adrenérgicos alpha e ou beta, dependendo do tecido envolvido.
- Apesar dessas considerações, há exceções: As fibras que inervam as glândulas sudoríparas fazem sinapses ganglionares e terminais (nos órgãos alvo) mediadas por ACh. Outra exceção as considerações anteriores é a inervação da glândula supra-renal: há fibras pré-ganglionares curtas liberando ACh porém não há sinapse ganglionar nervosa típica, a própria glândula supra-renal atua como gânglio nervoso com produção e liberação de catecolaminas.

Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático

- Anatomicamente o sistema nervoso autônomo parassimpático situa-se na porção cranial e caudal da coluna vertebral.
- Geralmente as fibras pré-ganglionares são longas (contrário ao SNA Simpático) e as fibras pós-ganglionares são curtas já que os gânglios nervosos, neste sistema, situam-se próximos ao tecido alvo.
- A maior parte das fibras (75%) do sistema nervoso autônomo parassimpático são provenientes do nervo vago.
- Outros pares de nervos cranianos deixam o sistema nervoso compondo o sistema parassimpático: III (nervo óculomotor), VII (nervo facial) e IX (nervo glossofaríngeo).
- Os receptores ganglionares, a exemplo do sistema nervoso autônomo simpático, são colinérgicos nicotínicos enquanto que nas terminações (órgãos alvo) os receptores são muscarínicos (subdivididos ainda em diversos tipos, dependendo do órgão envolvido).




Secreção e Remoção dos Neurotransmissores
- As fibras simpáticas e parassimpáticas apenas tocas as células efetoras, apresentam uma dilatação bulbosa denominada varicosidades contendo vesículas de noradrenalina e acetilcolina.
- O aumento da permeabilidade aos íons cálcio permite difusão do neurotransmissor para o interior do neurônio.
- Síntese de ACh: maior parte da síntese ocorre no axoplasma. A acetil-CoA une-se à colina na presença da enzima colina acetiltransferase.
- Na fenda sináptica ocorrerá remoção do neurotransmissor por difusão, por recaptação pelas vesículas ou pela degradação enzimática (acetilcolinesterase – AChE).
Síntese de Noradrenalina: inicia-se no axoplasma sendo completada nas vesículas presentes nas terminações sinápticas. Diversas enzimas participam desta síntese: tirosina hidroxilase (converte a tirosina em DOPA), DOPA descarboxilase (converte DOPA em Dopamina), dopamina beta-hidroxilase (converte dopamina em noradrenalina) e, finalmente, a feniletanolamina n-metil transferase (converte a noradrenalina em adrenalina – sendo esta conversão exclusiva da medula da glândula supra-renal).
- A remoção desse neurotransmissor da fenda também ocorre por difusão, recaptação pela vesículas ou ainda pelas enzimas (MAO e COMT).

Atividade Fisiológica dos Receptores Autonômicos
- Alpha 1: vasoconstrição, midríase, glicogenólise hepática, relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal, secreção salivar espessa, secreção de suor nas extremidades (suor frio).
- Alpha 2: inibem a liberação do neurotransmissor, atuando como um mecanismo de feedback negativo. Controlam a liberação de insulina pelo pâncreas endócrino.
- Beta 1: taquicardia, lipólise e relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal.
- Beta 2: vasodilatação, broncodilatação, relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal e glicogenólise hepática.
- Beta 3: lipólise.

- O tônus basal simpático contínuo:
- Adrenalina: 0,2mcg/Kg/min
- Noradrenalina: 0,05mcg/Kg/min
- Reflexos Autonômicos:
- Reflexo Barorreceptor: presentes no arco aórtico e no seio carotídeo, controlam a pressão arterial pela distensão vascular nessas regiões. Regulam a freqüência cardíaca e a pressão arterial.
- Reflexo Gastrointestinal: a salivação promove o aumento da secreção de colecistocinina (CCK) bem como de suco gástrico e entérico.
- Reflexo Vesical.
- Reflexo Sexual.

Obs. Lembrar que respostas simpáticas são generalizadas enquanto que respostas parassimpáticas são mais localizadas. O controle superior dessas respostas é responsabilidade do hipotálamo e do tronco cerebral.

Sistema Nervoso Autônomo Entérico
- Nos plexos mioentérico e submucoso, alguns neurônios são inervados por fibras nervosas simpáticas provenientes da cadeia paravertebral e dos gânglios colaterais como também por fibras nervosas parassimpáticas dos nervos vago ou pélvico esplâncnico; outros neurônios são independentes da regulação autonômica. As fibras nervosas neuropeptidérgicas intrínsecas e pós-ganglionares autônomas suprem com inervação macrófagos, linfócitos T, plasmócitos e outras células do sistema imunológico. Isso fornece uma rede reguladora que modula as defesas do trato gastrointestinal e a reação imune do tecido linfóide associado ao intestino (GALT).


 Sistema Nervoso Autônomo Imunológico

O SNAI é representado por circuitos envolvidos na modulação da intensidade do sistema imunológico.
Há participação tanto do sistema nervoso autônomo simpático como também do parassimpático.
Devemos lembrar que o hipotálamo regula as diversas funções neurovegetativas incluindo também a intensidade da resposta inflamatória.


Na medula óssea e no timo as fibras simpáticas modulam a proliferação celular, a diferenciação e a mobilização. No baço e nos linfonodos, as fibras simpáticas modulam a reação inata imunológica e a magnitude do tempo das respostas imunológicas adquiridas, particularmente a escolha da resposta imune celular (Th1) e ou resposta imune humoral (Th2). As fibras autonômicas regulam também as respostas inflamatórias no tecido linfóide associado à mucosa do intestino (GALT – placas de peyer) e dos brônquios (BALT) bem como da pele. A inervação ampla neuropeptidérgica esta presente no parênquima dos órgãos linfóides. Os nervos simpáticos pós-ganglionares também suprem hepatócitos e adipócitos

Sistema linfático

O sistema linfático tem sua origem embrionária no mesoderma, desenvolvendo-se junto aos vasos sanguíneos. Durante a vida intra-uterina, algumas modificações no desenvolvimento embrionário podem surgir, constituindo assim, características morfológicas pessoais, que variam entre os indivíduos (Garrido, 2000).
O sistema linfático tem como função imunológica à ativação da resposta inflamatória e o controle de infecções. Através de sua simbiose com os vasos sanguíneos, regula o balanço do fluído tissular. Esse delicado balanço é possível pelo transporte unidirecional de proteínas do tecido para o sistema sanguíneo. Em conjunção com o trabalho dos vasos, o sistema linfático mantém o equilíbrio entre a filtração e a reabsorção dos fluídos tissulares (Miller, 1994).
Capilares linfáticos: 
A rede linfática tem seu início nos capilares linfáticos, formando verdadeiros plexos que se entrelaçam com os capilares sanguíneos. Através dos vasos pré-coletores e coletores, a linfa prossegue até chegar ao canal linfático direito e ao ducto torácico, que desembocam na junção das veias subclávia e jugular interna.
Os capilares linfáticos possuem um endotélio mais delgado em relação ao sanguíneo. Suas células endoteliais sobrepõem-se em escamas, formando microválvulas que se tornam pérvias, permitindo sua abertura ou fechamento, conforme o afrouxamento ou a tração dos filamentos de proteção.
A rede capilar linfática é rica em anastomoses, sobretudo na pele, onde os capilares linfáticos estão dispostos de forma superficial e profunda, em relação à rede capilar sanguínea. O mesmo não ocorre nos vasos e ductos linfáticos Nos capilares linfáticos, os espaços intercelulares são bem mais amplos, possuindo "fendas" entre as células parietais, permitindo que as trocas líquidas entre o interstício e o capilar linfático se façam com extrema facilidade não só de dentro para fora, como de fora para dentro do vaso.
Vasos pré-coletores: 
Os vasos pré-coletores possuem uma estrutura bastante semelhante ao capilar linfático, sendo o endotélio coberto internamente por tecido conjuntivo, onde, em alguns pontos se prolongam juntamente com as células epiteliais, formando as válvulas que direcionam o fluxo da linfa. Suas estruturas são fortalecidas por fibras colágenas, e através de elementos elásticos e musculares, possuem também as propriedades de alongamento e contratilidade.

Coletores linfáticos: 
Os vasos ou coletores linfáticos correm longo percurso sem se anastomosar. Em condições patológicas, as comunicações anastomóticas existem como vias alternativas de fluxo linfático. O vaso linfático quer superficial ou profundo, possuem numerosas valvas bivalvulares, sendo os espaços compreendidos entre cada válvula chamada de linfangion (Garrido, 2000). Esses vasos são de maior calibre possuindo estrutura semelhante a das grandes veias. Na constituição do vaso linfático estão as três camadas: íntima, média e adventícia. A túnica íntima é a mais interna, apresentando um revestimento endotelial e um retículo delicado, com fibras elásticas dispostas longitudinalmente. Seu lúmem possui projeções internas formando as várias válvulas. A túnica média envolve a íntima, sendo composta de três a seis camadas de células de musculatura lisa arranjadas em espiral, circularmente, com algumas fibras dispostas no sentido longitudinal do vaso. Ela é responsável pela contratilidade do vaso e conseqüente propulsão da linfa. A túnica adventícia é a mais externa e espessa, sendo formada por fibras colágenas longitudinais, entre as quais existem fibras elásticas e feixes de musculatura. Possui também tecido conjuntivo, terminações nervosas e a vasa vasorum. Os vasos linfáticos assim constituídos são chamados de coletores linfáticos pré ou pós-nodais, conforme a sua relação com os linfonodos, sendo os pré-nodais linfáticos aferentes e, os pós-nodais, eferentes (Camargo, 2000).
Troncos linfáticos: 
Os troncos linfáticos, ou coletores terminais são vasos de maior calibre que recebem o fluxo linfático, e compreendem os vasos linfáticos lombares, intestinais, mediastinais, subclávios, jugulares e descendentes intercostais. A união dos troncos intestinais, lombares e intercostais forma o ducto torácico. Os troncos jugulares, subclávios e broncos mediastinal direito formam o ducto linfático direito (Garrido, 2000).
Linfonodos: 
O linfonodo consiste em um aglomerado de tecido retículo-endotelial revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo. Desempenha importante papel imunológico, através da filtração da linfa proveniente dos vasos linfáticos e da produção de células linfóides e reticulares, que realizam a defesa do organismo através da fagocitose e da pinocitose. Variam em tamanho, forma e cor. Cada linfonodo apresenta um hilo que corresponde ao local de emergência, não apenas do vaso linfático, como da veia linfonodal, que acompanha a artéria e se destina ao suprimento sanguíneo para o linfonodo. A conexão entre o sistema linfático e o venoso é possível através da veia de drenagem do linfonodo. O número de linfonodos varia entre as regiões e os indivíduos, e seu volume também é variável, ocorrendo um importante aumento com a idade, em decorrência dos processos patológicos ou agressões que a área de drenagem tenha sofrido.
Os linfonodos recebem de três a oito vasos linfáticos aferentes, saindo apenas um vaso linfático eferente. O número de vasos linfáticos, após a conexão com os linfonodos, diminui sensivelmente, porém seu calibre pouco se modifica, devido às conexões linfovenosas existentes, por onde ocorre a passagem gradual do fluxo linfático para o venoso.
Os vasos linfáticos vão em direção à raiz dos membros, formando o grupo de linfonodos axilares e inguinais. Nas regiões do cotovelo e joelho, algumas vezes, existem pequenos linfonodos. Nos linfocentros, estão os linfonodos de maior importância, sendo que na região cervical eles se dispõem em cadeias.











Veias do membro superior

As principais veias do membro superior são a Veia Cefálica e a Veia Basílica, originam-se na tela subcutânea do dorso da mão a partir da rede venosa dorsal. A ligação entre as veias profundas com as veias superficiais, temos as veias perfurantes.


A veia cefálica é superficial e corre lateralmente ao membro superior (posição anatômica). Tem uma comunicação com a Veia Basílica pela veia intermédia do cotovelo e drena para a Veia Axilar mais medialmente ao trígono clavipeitoral. Essa veia passa entre o músculos deltóide e peitoral maior no braço e muitas vezes é visível na pele.


A veia basílica começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial do antebraço em seu terço distal e situa-se na face anterior. Chega à altura do epicôndilo medial e passa a acompanhar a face medial do braço, seguida pelo nervo cutâneo medial do braço.


Veia cubital mediana (ou veia basílica mediana), é uma veia superficial do membro superior. Ela conecta a veia basílica e a veia cefálica e freqüentemente é utilizada para punção venosa (retirar sangue). Ela repousa na fossa cubital superficial à aponeurose do músculo bíceps braquial.


A artéria axilar começa como a continuação da artéria subclávia no exterior das fronteiras da primeira costela, abaixo da média da clavícula. Passa pela axila a tornar-se a artéria braquial, uma vez que deixa a borda inferior de teres major. Ao longo de seu curso que está na musculatura da parede posterior da axila e está rodeado pelas cordas e ramos do plexo braquial.

Há duas veias subclávias (grandes) em cada um dos lados do corpo humano. Cada uma delas é a continuação da veia axilar e une-se à veia jugular interna que forma assim a veia braquiocefálica.


Artérias do membro superior

Começamos com a artéria subclávia, se transforma em artéria axilar e logo depois em artéria braquial profunda. Depois temo a artéria braquial e esta, divide-se em duas artérias, a artéria radial e a artéria ulnar.

Artéria Axilar: possui dois ramos que fazem a circunflexa do úmero (Anterior e Posterior).

Artéria Braquial Profunda (no sulco radial): Possui dois ramos que são chamados de Colateral radial e Colateral média. A colateral radial transforma-se em Artéria recorrente radial e se insere na artéria radial. A Colateral media muda para Recorrente interóssea e se insere na artéria interóssea comum.

Artéria Braquial: esta artéria possui um ramo chamado Colateral Ulnar Inferior. Ao final da artéria Braquial, ela se divide em 2 artérias, a Artéria Radial e a Artéria Ulnar.

Artéria Ulnar: Duas artérias se inserem na artéria Ulnar, a Artéria recorrente ulnar (Anterior e posterior). E um ramo sai dela, a artéria interóssea comum, que da origem a mais duas artérias, a artéria interóssea anterior e artéria interóssea posterior.

Artéria Radial: esta artéria possui o Ramo palmar superficial, junto com a artéria ulnar, possui o Arco palmar profundo e o arco palmar superficial.

Mão: A artéria Ulnar é a principal com vários ramos até a ponta dos dedos, esses ramos saem do Arco palmar superficial e tem o nome de Artérias digitais palmares próprias (nas falanges), com exceção do dedo mínimo, que possui desde os carpos até a ponta do dedo a Artéria Digital Palmar Própria, na região dos metacarpos, temos as Artérias digitais palmares comum e a artéria metacarpal palmar.Com a vista dorsal, vemos as artérias metacarpais dorsais e artéria carpal dorsal. Outra artéria importante é a Artéria Radial, em que, seus ramos enviam o sangue para o dedo polegar e metade do indicador.



Músculos dos Membros Superiores , Plexo Braquial , e Disturbios Motores incluindo Movimentos

 O estudo dos músculos superiores será feito com enfoque funcional, isto é, tornando como ponto de partida os grupos  musculares que agem movimentando as alavancas biológicas, os ossos, nos pontos de contato, as junturas. Deste modo, à descrição sumária dos músculos seguir-se-á uma análise dos movimentos das junturas, indicando os músculos que agem em cada movimento.
1.0 Músculos que agem sobre a escápula
Pertencem a este grupo muscular o trapézio, rombóide maior, rombóide menor, levantador da escápula, peitoral menor, subclávio e serrátil  anterior.
1.2 Trapézio : É o mais superficial dos músculos da região superior e posterior do tórax. Observe na figura a forma triangular de sua metade. Em conjunto o músculo tem a forma trapezóide e recobre músculos subjacentes, como o levantador da escápula e os rombóides.
  


O trapézio age sobre a escápula, consequentemente, sobre o ombro. Seus feixes superiores elevam e os inferiores abaixam a escápula (elevação e depressão do ombro). Os feixes médios, com os inferiores, produzem a retração da escápula (o ombro é deslocado posteriormente). Na abdução do braço o trapézio exerce importante função produzindo a rotação da escápula, o que faz com que a cavidade glenóide se volte superiormente.

1.2 Músculo rombóide maior , rombóide menor e levantador da escápula
Todos estão situados sob o trapézio. Em virtude da proximidade entre os feixes mais inferiores do rombóide menor e os feixes superiores do rombóide maior, muitas vezes é difícil distinguir um do outro no ponto limite.

MÚSCULO
Levantador da escápula
ORIGEM
Tubérculo posterior do processo transverso das 4 primeiras vértebras cervicais
INSERÇÃO
Borda medial da escápula, da espinha até o triângulo superior
MÚSCULO
Rombóide menor e maior
ORIGEM
Processos espinhosos da 7ª vértebra cervical e cinco primeiras vértebras torácicas
INSERÇÃO
Borda medial da escápula, da espinha até o triângulo inferior


  
1.3 Músculo serrátil anterior
É um músculo que se estende da 1ª a 8ª costela e fica parcialmente  recoberto pelo músculo peitoral menos. 

          MÚSCULO
       Serrátil anterior
ORIGEM
Digitação na fazer externa das 8 costelas superiores
INSERÇÃO
Face costal do ângulo superior, borda medial e ângulo inferior da escápula



1.4 Músculo Peitoral menor e Subclávio
O peitoral menos é um músculo triangular situado sob o peitoral maior, enquanto que o subclávio como o nome indica, está sob a clavícula.
MUSCULOS
Peitoral menor
ORIGEM
Da 2ª a 5ª costela próximo á união da cartilagem costal com a costela
INSERÇÃO
Borda medial do processo coracóide
MUSCULOS
Subclávio
ORIGEM
Na união da cartilagem costal com a 1ª costela
INSERÇÃO
Sulco na face inferior da clavícula




2.0  Movimentos da escápula
1. Os músculos descritos até aqui agem em todos, primariamente sobre a escápula. Por extensão, pode-se dizer que os movimentos resultantes são deslocamentos da cintura escapular e comumente, diz-se que são movimentos do ombro. Outros músculos entretanto tem fixação na escápula, mas agem primariamente na articulação escápulo-umeral, produzindo deslocamentos do braço em relação ao tronco. A cintura escapular só tem um ponto articular de contato com o esqueleto axial, a articulação esternoclavicular. É justamente esse fato que permite deslocamentos da escápula e estes deslocamentos são fundamentais para ampliar os movimentos do membro superior. Ao lado disso, é preciso considerar que os músculos que se fixam na escápula, mas agem sobre o úmero, poderiam deslocar a escápula não fosse a ação coordenadora e antagônica dos músculos que posicionam a escápula.Um exemplo que ilustra essa afirmação é que o Músculo redondo maior é um poderoso motor do úmero e tem origem na borda lateral (axilar) da escápula; ele tracionaria o seu ângulo inferior, em direção à axila se o s rombóides não a mantivessem em posição. A ação sinérgica de vários músculos, bem como a força de contração de partes específicas  de  diversos músculos, são essenciais para a produção de um movimento desejado. Em síntese pode-se dizer que os movimentos da escápula são:
Elevação
Depressão ( abaixamento)
Protusão (movimento lateral e anterior, como no ato de empurrar um objeto )
Retração (movimento medial e posterior, como no retesamento dos ombros)
Rotação
No quadro abaixo são apontados os músculos responsáveis pelos movimentos da escápula. O peitoral maior e o grande dorsal foram incluídos no quadro, porquanto são auxiliares importantes de alguns movimentos, mas na verdade eles agem primariamente sobre o úmero.


MOVIMENTO           MÚSCULOS
Elevação da escápula       Feixes superiores do trapézio, levantador da escápula e rombóides maior e menor
Depressão da escápula  Feixes inferiores do trapézio, peitoral menor, subclávio grande dorsal e parte inferior do peitoral maior
Protusão da escápula  Serrátil anterior e peitoral maior
Retração da escápula  Trapézio, rombóides maior e menor e grande dorsal
Rotação superior          Feixes médios e inferiores do trapézio e Serrátio anterior
Rotação inferior          Levantador da escápula e rombóides maior e menor

3.0 Músculos que movem o braço em relação ao tronco
Compreendem os músculos Peitoral Maior; Grande dorsal; Deltóide; Supraspinhal; Redondo maior; Redondo menor; Subescapular e Córacobraquial. Exceção feita para os músculos peitoral maior, grande dorsal e córacobraquial, os outros são comumentes chamados de Músculos intrínsecos do ombro, estendendo -se da cintura escapular para o úmero. Embora isto também ocorra no músculo córacobraquial, ele é considerado um músculo do braço.

3.1 Músculo Peitoral Maior
Em forma de leque, é o mais superficial dos músculos da parede anterior do tórax.
          MUSCULO
Peitoral maior
ORIGEM
Metade medial da clavívula, esterno e seis primeiras cartilagens costais, aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome.
INSERÇÃO
As fibras musculares convergem para tendão único que se fixa na crista do tubérculo maior do úmero



3.2 Músculo Grande Dorsal
É um músculo de grandes dimensões, triangular, que recobre, inferiormente a parede póstero-lateral do tórax.
   MUSCULO
Grande dorsal
ORIGEM
Processos espinhosos das 6 últimas vértebras toracicas, cristas ilíaca e fáscia tóracolombar (provenientes dos processos espinhosos das vértebras sacrais e lombares)
INSERÇÃO
Crista do tubérculo menos e assoalho do sulco intertubercular.



3.3 Músculo Deltóide
Sendo o mais superficial dos músculos intrínsecos do ombro, o deltóide modela o ombro. É volumoso, podendo-se reconhecer nele três partes: Clavicular, Acrominal e Escapular.
    MUSCULO
Deltóide
ORIGEM
Espinha da escápula, acrômio e terço lateral da clavícula
INSERÇÃO
Tuberosidade deltóida do úmero





3.4 Músculo Supraspinhal, Infraspinhal, Redondo maior e Redondo menor
Fazem parte dos músculos intrínsecos do ombro e podem ser tratados em conjunto. Todos eles se dirigem da escápula para o úmero.
MUSCULOS
Supraspinhal
ORIGEM
Fossa supraspinhal da escápula
INSERÇÃO
Tubérculo maior do úmero
MUSCULOS
Infraspinhal
ORIGEM
Fossa infraspinhal da escápula
INSERÇÃO
Tubérculo maior do úmero
MUSCULOS
Redondo menor
ORIGEM
Borda lateral da escápula (2/3 superiores)
INSERÇÃO
Tubérculo maior do úmero
MUSCULOS
Redondo maior
ORIGEM
Borda lateral da escápula (1/3 inferior)
INSERÇÃO
Crista do tubérculo menor do úmero




3.5 Músculo Subescapular
Estende-se da face costal da escápula ao úmero, em forma de triângulo, co o vértice correspondendo à inserção no úmero. O tendão de inserção situa-se posteriormente a dois músculos do braço: o coracobraquial e a porção curta do bíceps braquial
  MUSCULO
Subescapular
ORIGEM
Face costal da escápula
INSERÇÃO
Tubérculo menor do úmero


3.6 Músculo Coracobraquial 
 Topograficamente é considerado um músculo do braço, embora funcionalmente seja situado em conjunto com os músculos do ombro.
  MUSCULO
Córacobraquial 
ORIGEM
Processo coracóide da escápula
INSERÇÃO
Terço médio do úmero , medialmente




4.0 Movimento do braço
Os deslocamentos do braço são produzidos pelos músculos descritos e que agem na articulação escápuloumeral (do ombro).
4.1 Movimentos do braço nos planos convencionais
4.1.1 Flexão
Neste movimento o membro superior se desloca anterior e superiormente junto ao tórax, no plano sagital, até a horizontal. Ele pode ser continuado, superior e posteriormente até uma posição vertical do membro superior, junto a cabeça. Os músculos que produzem flexão são: a porção clavicular do Deltóide, a porção clavicular do Peitoral maior e o Coracobraquial. 


4.1.2 Extensão
Compreende a volta do membro superior de qualquer ponto da flexão para a posição original, isto é, membro superior pendido junto ao tronco. O movimento pode estender-se  por deslocamento posterior, junto ao tronco no plano sagital. A porção escapular do Deltóide e o Grande dorsal são os principais extensores do braço. A participação do Grande dorsal é particularmente importante quando nos lembramos que a extensão implica também o retorno do braço de qualquer grau de flexão. O Redondo Maior e a porção longa do Tríceps são considerados auxiliares na extensão, mas não capazes  da extensão pura..

4.1.3 Abdução
Consiste em afastar o braço do plano mediano, no plano frontal. Continuada, a abdução leva o membro superior, lateral e superiormente a um plano horizontal e ele pode chegar  superior e medialmente a uma posição verticalmente junto a cabeça. Os músculos Deltóide e supraespinhal são os principais abdutores do braço.


4.1.4 Adução
Implica o retorno do membro superior de qualquer grau de abdução, em direção ao plano mediano. No plano frontal o membro encontra o lado do tórax que limita o movimento. Entretanto a adução pode ser continuada em direção ao plano anteriormente do tórax, se for realizada uma flexão simultânea.



4.1.5 Rotação lateral
Na rotação lateral, a face anterior do úmero volta-se lateralmente, Os principais rotatores laterais  são o Infraspinhal e o Redondo menos. A porção escapular do deltóide tem sido atribuída função de rotator lateral, mas isto provavelmente só ocorre enquanto aquela porção do músculo está também produzindo extensão do braço.

4.1.6 Rotação Medial
Neste movimento a face anterior do úmero se volta medialmente . Sem dúvida alguma o mais importante rotator medial é o subescapular, auxiliado pelo redondo maior. O grande dorsal, a porção clavicular do deltóide e o peitoral maior também produzem a rotação medial, mas somente enquanto realizam suas ações principais de abdução e flexão.

5.0 Músculo Bíceps Braquial
É o mais superficial dos músculos anteriores do braço e como o nome indica, possui duas cabeças de origem, uma longa e uma curta. O músculo Deltóide cobre as extremidades proximais de ambas as porções, mas abaixo dele elas estão unidas e proeminentes, sendo a porção longa, a lateral e a porção curta, a medial. O tendão de inserção, único, apresenta uma expansão medial, a aponeurose bicipital, cuja borda medial, espessa pode ser palpada com facilidade, logo acima do cotovelo flexionado.



5.1 Músculo Braquial
É o músculo anterior do braço, situado posteriormente ao bíceps braquial.. É poderoso flexor do antebraço.



5.2 Músculo braquioradial 
Embora se origina do úmero, cruzando o cotovelo, a maior parte do seu ventre muscular situa-se no antebraço, e por esta razão, é considerado como um músculo do antebraço. No braço ele coloca-se  entre o braquial e o tríceps e cruza o cotovelo anteriormente, mas é melhor visualizado em vista lateral do antebraço. é um flexor do antebraço.

5.3 Músculo Tríceps Braquial
É o único músculo volumoso da face posterior do braço. Como o nome indica  possui três cabeças de origem: porção longa, medial e lateral. A porção longa é a única que tem origem na escápula e passa entre os músculos redondo maior e menor.. É o poderoso extensor do antebraço.


5.4 Músculo Ancôneo
É um pequeno músculo triangular que se origina na face posterior do epicôndilo lateral e se insere na face lateral do olécrano. É considerado um extensor auxiliar do antebraço.


6.0 Movimentos do antebraço nas junturas úmero-ulnar e úmero-radial
Flexão e extensão do antebraço são movimentos que resultam da ação dos músculos descritos. Estes movimentos são ditos angulares, pois na flexão diminui o ângulo entre a parte que se desloca (antebraço) e a que permanece fixa ( braço), ocorrendo o aumento do ângulo na extensão.


7.0 Músculo Pronador redondo e Pronador quadrado
O pronador redondo é um músculo que se estende obliquamente  no terço proximal do antebraço, do lado medial para o lado lateral e constitui o limite medial da fossa do cotovelo. O músculo se origina de duas porções, umeral e ulnar, que se fundem para se fixarem no rádio. O Pronador quadrado é um músculo plano, retangular, situado profundamente no quarto distal do antebraço, estendido anteriormente entre o rádio e a ulna. é impossível visualizá-lo sem retirar os músculos da camada superficial da face anterior do antebraço.



8.0 Movimentos do antebraço nas junturas rádio-ulnares
A pronação e a supinação são movimentos especiais do antebraço realizados nas junturas rádio-ulnares, proximal e distal. Na posição natural, com o membro pendido ao longo do tronco,mãos e punho estão a meia distância entre supinação e pronação, mas na posição anatômica  o antebraço está em supinação completa e a mão o acompanha.

  9.0 Músculos motores da mão na articulação radiocárpia
Há músculos que movem os dedos. Há inclusive músculos capazes de atuar sobre a mão e sobre os dedos, pois seus tendões se inserção cruzam a articulação do punho. 
9.1 Músculo Flexor radial do carpo
O músculo cruza obliquamente o antebraço, de medial para lateral. É um flexor e abdutor da mão
9.2 Músculo palmar longo
É um músculo superficial, na face anterior do antebraço, com ventre curto e longo tendão de inserção. Pode faltar. Ao nível da articulação do punho o tendão de inserção é anterior ao nervo medianos servindo de ponto de referência para localizar o nervo. O palmar longo tensiona a aponeurose palmar e é um flexor auxiliar da mão.
9.3 Músculo Ulnar do carpo
Situa-se medialmente no antebraço. Profundamente ao músculo correm o nervo e a artéria ulnares. próximo á articulação do punho, entretanto o nervo e a artéria ulnares situam-se lateralmente ao tendão de inserção do flexor ulnar do carpo e passam anteriormente ao retináculo dos flexores. O músculo é um flexor e adutor da  mão.


10.0 Movimentos da mão nas junturas radiocárpicas e cárpicas
Os movimentos mais delicados da mão começam nas junturas radiocárpicas  e cárpicas, enquanto que aqueles realizados nas junturas do ombro e cotovelo são auxiliares para conduzir a mão para junto dos locais de suas ações. Não se deve esquecer também que a pronação e supinação associadas, conferem enorme mobilidade a mão, colocando-a em melhor posição de trabalho. Os músculos descritos agem sobre a mão como um todo e estes movimentos dependem das junturas radiocárpicas e cárpicas que se suplementam. Deste modo, considerada a posição anatômica, a mão pode ser movida em direção a face anterior do antebraço (flexão) ou ser deslocada em direção a face superior do antebraço(extensão). Pode por outro lado ser afastada do plano mediano(abdução) ou aproximar-se dele(adução).

11.Músculos das mãos
Os músculos da mão são compreendidos por músculos motores intrínsecos responsáveis pelos movimentos dos dedos, ou seja, são músculos que originam nos osso do carpo, metacarpo e se inserem nos dedos (falanges).

Estes serão divididos em quatro compartimentos para uma melhor compreensão e um estudo mais didático. 

Existe o compartimento tênar, onde encontramos músculos tênares, composto pelo oponente do polegar, abdutor curto do polegar e o flexor curto do polegar. 

O compartimento adutor é compreendido por apenas o músculo adutor do polegar. 

No compartimento hipotênar, encontramos os músculos hipotênares, palmar curto, abdutor do dedo mínimo, flexor curto do dedo mínimo e o oponente do dedo mínimo. 

Por último, o compartimento central, composto por músculos curtos da mão, lumbricais I ao IV, interósseos palmares e interósseos dorsais. 

Agora veremos cada compartimento separadamente para melhor entendimento do conteúdo exposto.

No primeiro compartimento (tênar), temos o abdutor curto do polegar. Este situa superficial e lateral na palma da mão, relacionado com o dedo V (polegar). 

O músculo flexor curto do polegar se encontra também superficial e ao lado do abdutor curto do polegar, porém mais medial. 

Já o músculo oponente do polegar é o ultimo desse compartimento e encontra-se na região lateral da palma da mão e posterior ao abdutor curto do polegar. 

O segundo compartimento (adutor) é representado pelo músculo adutor do polegar. Este é encontra-se medialmente ao músculo flexor curto do polegar e representa a transição entre a eminência tênar e hipotênar.

No terceiro compartimento (hipotênar) encontramos o músculo palmar curto, mais superficial na palma da mão em relação a todos deste compartimento. 

O músculo abdutor do dedo mínimo é visto abaixo do músculo palmar curto. É superficial e também medial nesta região. 

O músculo flexor curto do dedo mínimo é observado profundamente e posterior (com uma pequena porção pósterolateral) ao abdutor do dedo mínimo. 

Já o músculo oponente do dedo mínimo encontra-se profundamente e lateral ao músculo flexor curto do dedo mínimo. 

Por último, no quarto compartimento (central), observamos os lumbricais I ao IV. Estes são quatros músculos pequenos profundos que encontram junto aos tendões dos flexores profundos dos dedos. 

Os músculos interósseos dorsais são encontrados no dorso da mão e profundamente na região central. 

Já os interósseos palmares são observados na palma da mão, sendo também profundamente na região central da mão. 


12.0 Plexo Braquial
O plexo braquial é um conjunto de nervos que partem da medula espinhal, que inervarão os membros superiores.
Suas raízes, que saem dos forames intervertebrais, são cinco: C5, C6, C7, C8 e T1. As raízes dão origem aos troncos superior (C5+C6), médio (C7) e inferior (C8+T1).
Cada tronco divide-se em divisões anteriores e posteriores. As divisões anteriores dos troncos superior e médio dão origem ao fascículo lateral. As divisões posteriores dos três troncos dão origem ao fascículo posterior. Enquanto a divisão anterior do tronco inferior dá origem ao fascículo medial.
Esses fascículos terão vários ramificações que inervarão os membros superiores. A maior dessas ramificações é o nervo radial. Do fascículo lateral originam o nervo músculo cutâneo e sai um ramo que vai formar o nervo mediano. Do fascículo posterior originam o nervo radial e axilar, e por fim, do fascículo medial originam o nervo ulnar e o outro ramo que vai formar o nervo mediano.
  




13.0 Distúrbios Mototres
1) LER - Lesão por Esforço de Repetição: conhecida também como DORT (doença osteomuscular relacionada ao trabalho) caracterizada por desconforto, edemas, inflamações, atrofias, lesões, rompimentos nos tendões, nervos e músculos dos membros superiores. Esses distúrbios também podem ser provocados por atividades de lazer ou do cotidiano das pessoas, quando realizados em excesso e por períodos longos, sem pausas adequadas para recuperação muscular, ou, em situações de condicionamento físico, sem o devido acompanhamento médico. Acredita-se que a LER é uma doença nova, provocada pelos computadores. No entanto, há registros médicos datados do século XVI, que descrevem essa doença na qual as pessoas mais afetadas eram os escribas e os artistas (pintores e escultores), e tanto naquela época como agora, a medicina ainda mostra-se ineficaz para uma cura total, dependendo do estágio em que a mesma é identificada. A ocorrência de parestesias traduz a existência de compressão nervosa e pode indicar a necessidade de eletroneuromiografia para diagnóstico diferencial. Os quadros clínicos podem ter etiologia compressiva, inflamatória ou desconhecida, e neste caso, provavelmente são causadas por distúrbio neurológico de percepção da dor. Além de fatores amplificadores da dor, como ansiedade, estresse e depressão, fatores neuro-humorais como aumento da substância P, diminuição da serotonina e da noradrenalina e disfunção do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal podem estar presentes. 

2) Síndrome do Desfiladeiro Torácico: É a compressão do feixe vásculo-nervoso num estreito triângulo formado pelos músculos escaleno anterior, médio e a primeira costela. O quadro clínico superpõe características de compressão ulnar com outras de síndrome do túnel do carpo. Dor difusa e vaga no membro superior associada à parestesia na borda ulnar pode ser uma forma de síndrome do desfiladeiro torácico. Nestes casos, a eletroneuromiografia (ENMG) será normal. Devem-se pesquisar os potenciais evocados bilateralmente e compará-los. Ocorre em trabalhadores que mantém os braços elevados por períodos prolongados ou que comprimem o ombro contra algum objeto, como, por exemplo, o uso prolongado e diário de telefone apoiado entre a orelha e o ombro. 

3) Dedo em Gatilho: É uma tenossinovite digital estenosante que afeta particularmente, e em ordem decrescente, o 1º,3º e 4º dedos e que resulta em constrição da polia sobreposta à articulação metacarpo-falangeana. Um nódulo tendíneo pode se desenvolver no local da estenose. Esta realacionada à atividades repetitivas de pressão; diabetes; hipotiroidismo; amiloidose; sarcoidose; artrite reumatóide; artrite psoriática; sinovite nodular pigmentada; infecções. 


4) Síndrome do canal de Guyon: é a compressão do nervo ulnar ao nível do chamado canal de Guyon no punho, causando distúrbio de sensibilidade no quarto e quinto dedos, bem como distúrbios motores na face palmar. Esta síndrome é cinco vezes menos freqüente do que o comprometimento do nervo ulnar no canal cubital. A utilização excessiva da borda ulnar do punho, traumas, fraturas de ossos do carpo e do metacarpo, variações anatômicas, tumores de partes moles, comprometimento da artéria ulnar e cistos sinoviais são os elementos predisponentes mais comuns. 


5) Síndrome do Canal Cubital: é a compressão do nervo ulnar ao nível do túnel cubital. Quando o cotovelo progressivamnete fletido e o ombro abduzido, há um aumento da pressão intraneural estimulando os flexores que estreitam o túnel em aproximadamente 55%, achatando e alongando o nervo cubital em quase 5mm. Traumas agudos, processos degenerativos e infecciosos, anomalias musculares, tumores de partes moles, seqüelas de fraturas, esforços de preensão e flexão, ferramentas inadequadas e vibrações são as causas predisponentes mais comuns. O diagnóstico é essencialmente clínico.